
Em muitas postagens ateias são colocados as grandes semelhanças que supostamente existiriam entre Jesus e alguns personagens mitológicos como Krisna, Osíris, Dionísio, Adonis, Attis e Mitra. Talvez influenciados pelas mentiras propagadas no documentário Zeitgeist. Assim, segundo eles, ficaria provado que Jesus não seria mais que uma reinterpretação desse seres mitológicos. Teria essa afirmação alguma base de verdade?
Um amigo veio me questionar sobre a grande semelhança, segundo ele, entre Jesus e o mito persa Mitra. Com certeza ele é um adepto da teoria do Cristo mítico que afirma ser Jesus uma reinvenção de mitos pagãos antigos. Esta teoria surgiu através dos pensadores iluministas e foi propagada principalmente pelos ateístas e os anticristãos e não passa de mirabolâncias e esforços recheados de má fé e informações inverídicas. Um pequeno, mas honesto, estudo das mitologias pagãs eliminam toda estas tentativas de associar Jesus a estes deuses mitológicos.
Pra começar veremos então o que a mitologia diz sobre o deus mitra:
Mitra nasceu debaixo de uma árvore sagrada, a partir de uma rocha. Trazia na cabeça uma carapuça, uma faca e uma tocha. Ele então usa a faca para cortar as folhas da árvore sagrada e faz com elas roupas para usar. Era pastor de ovelhas e um belo dia encontrou um boi, agarrou em seus chifres até que o animal se cansou de tanto tentar se livrar dele. Mitra então o pega pelas patas traseira e o carrega em seus ombros até uma caverna. Lá ele recebe a visita de um corvo enviado pelo sol. Este corvo o pede para que ele faça um holocausto com o touro. Mitra esquarteja o animal e da sua coluna sai trigo e o vinho. O sêmen é utilizado pela lua para gerar animais que servirão ao homem. Aparece na caverna um cão que come o trigo e um escorpião que ferra os testículos do anima imolado.
Bem, como é fácil perceber, as duas histórias (a de Mitra e a de Jesus) são “idênticas” (mode ironic on). Ora, faça-me o favor.
Jesus não é a reinvenção de mitos.
Farei aqui uma exposição das principais afirmações e desmascararei essas mentiras.
Continuando a análise com o deus hindu Krishna.
Jesus é o mesmo Krishna ?
O significado dos nomes:
Krishna: Azul-escuro (sânscrito) (Krisna era um ser azulado, Jesus era provavelmente moreno)
Jesus: Originado do hebraico Yehoshu'a ou Yesua (ישוע/ יֵשׁוּעַ) e significa “Deus salva".
Cristo: Ungido (grego) (Não é o nome de Jesus, mas, um título, ou seja: Jesus, o ungido).
O nascimento milagroso (virginal???)
Krisna nasceu por meio da "transmissão mental" ióguica da mente de Vasudeva no ventre de Devaki (sei...), ele seria seu oitavo filho (portanto de forma nenhuma a mãe de Krishna era virgem). Na tradição védica, o rei Kamsa, temendo que Vishnu (deus da manutenção do universo) nascesse em qualquer uma das famílias do reino, (Krishna era a reencarnação de um deus, enquanto Jesus é o filho de Deus que se torna humano), mandou matar todos os meninos com até dois anos de idade, a fim de evitar o cumprimento da profecia (aqui sim, uma semelhança com a história do massacre dos inocentes, por Herodes). Kansa ouve uma voz que diz que essa criança será o oitavo filho de Devaki, então prende ela e seu esposo no dia do seu casamento. No porão do castelo, Devaki tem sete filho e todos foram mortos por Kansa, o oitavo (Krisna) é ocultado e entregue aos pais adotivos Yashoda e Nanda. Krishna não teve estrela guiando três reis e nem foi posto em uma manjedoura.
Data de nascimento
Krisna: 18 de julho de 3228 a.C (segundo o Bhagavata Purana, India).
Jesus: Data incerta (porém a igreja católica adotou 25 de dezembro, por ser essa a mais provável diante da análise de fatos como o período em que o pai de João Batista, Zacarias, servia no templo).
Profissão
Krishna: Pastor de ovelhas
Jesus: Carpinteiro
Esposas
Krishna: Tinha oito
Jesus: Nenhuma.
Seguidores
Krisna: as Gopis (Cavalheiras que seguiam Krisna em aventuras).
Jesus: 12 apóstolos
Morte
Krishna: É ferido no pé com uma flecha por um caçador. Sua alma foi para Goloka, sua morada celestial.
Jesus: Crucificado (ressuscitou em 3 dias e seu espírito foi para o céu).
Para encerrar, Krisha era efeminado e tocava falta, Jesus era macho todo e não tocava nem um berimbau.
Jesus é o mesmo Hórus?
Na mitologia egípcia, o deus Hórus era considerado o deus dos céus, dos vivos e da guerra. Tinha uma cabeça de falcão e perdeu um dos olhos em uma luta contra seu irmão Set (depois de uma lambida de seu arque irmão). No lugar do olho ferido foi posto um amuleto de serpente (chamado de Wedjat) que passou a ser usado pelos faraós em suas coroas.
Uma estela datada de 1400 a.C. (hoje guardada no Museu do Louvre), contem este hino sobre o tema:
Oh benevolente Ísis
que protegeu o seu irmão Osíris,
que procurou por ele incansavelmente,
que atravessou o país enlutada,
e nunca descansou antes de tê-lo encontrado.
Ela, que lhe proporcionou sombra com suas calças
e lhe deu ar com suas penas,
que se alegrou e levou o seu irmão para cas
Ela, que reviveu o que, para o desesperançado, estava morto,
que recebeu a sua semente e concebeu um herdeiro,
e que o alimentou na solidão,
enquanto ninguém sabia quem era...
Hórus foi o Deus solar e o redentor do egípcios.
O significado dos nomes:
Hórus: Aquele que voa alto (Hórus era um deus com cabeça de falcão)
Cristo: Ungido (grego).
O nascimento milagroso (virginal?????).
Hórus foi concebido por Isis, que na forma de um pássaro teve relações sexuais com a múmia do Esposo e irmão, Osíris, que portanto, já se encontrava morto. A mãe de Hórus não era virgem. Ela era casada com Osiris e não há razão para se supor que ela se absteve depois de casada. De acordo com a sua historia, Hórus foi miraculosamente concebido. Seth tinha morto e desmembrado Osiris, mas Isis voltou a reconstruir o corpo dele, e seguidamente teve relações com ele. Em algumas versões, ela usou um órgão sexual masculino feito à mão porque não conseguiu encontrar essa parte do corpo do marido. Portanto, embora tenha sido uma concepção milagrosa, não foi uma concepção análoga à de Jesus.
Data de nascimento
Hórus: Segundo a teoria mais aceita teria nascido durante o mês de Khoiak (outubro/novembro). O nascimento de Horus não foi anunciado por nenhuma estrela no Oriente.
O batismo
Hórus: Não se tem registro de que se realizavam batismo nas águas do Egito antigo. Outro mito é que Hórus foi batizado por Anup, contudo, não existem referências a tal personagem.
Jesus: Batizado por João Batista nas água do rio Jordão.
Seguidores
Hórus teve 4 discípulos (chamados de ‘Heru-Shemsu’). Há outra referência para 16 seguidores e um grupo de seguidores chamados de ‘mesnui’ (ferreiros) que se juntaram a Hórus em batalha, mas eles nunca são numerados. Não há nenhuma referência a 12 discípulos.
Morte
Hórus: Hórus nunca foi crucificado. Há uma história não oficial na qual ele morre e é atirado em pedaços para a água, sendo que mais tarde ele é pescado por um crocodilo a pedido de Isis. Esta história não oficial é a única em que ele morre.
Jesus: Crucificado (ressuscitou em 3 dias e seu espírito foi para o céu).
Átis
Átis era uma deidade da mitologias grega. Seus sacerdotes eram eunucos. Era um deus de vegetação.
O significado do nome
Átis: Segundo alguns, o nome do deus Attis parece significar provavelmente "o pai", embora algumas autoridades antigas derivassem o seu nome de uma palavra de frígia para bode, cabra ou cabreiro, porque Attis, como Adonis, era considerado como tendo sido pastores.
O nascimento milagroso (virginal?????).
Atis: Pausânias (geógrafo e viajante grego, autor da Descrição da Grécia ), conta que um demônio chamado Agdistis, era andrógeno (masculino e feminino), o que despertou o medo nos deuses e eles resolveram cortar seu pênis que foi jogado fora e cresceu dele uma amendoeira. Nana, filha do deus Sangário, pegou uma amêndoa e colocou em seu peito e assim ela ficou grávida de Átis. Nana abandonou o bebê, e a criança foi cuidada por peregrinos e criado com mel e "leite de bode", o que lhe valeu o nome de Átis, interpretado pela etimologia popular como significando "bode". Agdistis se apaixonou por Atis mas ele foi enviado para se casar com a filha do rei de Péssimos, Midas. Durante o casamento, Agdistis apareceu e enlouqueceu a todos com seus poderes levandoo rei Midas e Atis a se castrarem e a princesa a cortar seus seios. Agdistis, porém, posteriormente se arrependeu e fez com que o corpo de Átis jamais apodrecesse. O corpo de Átis permaneceu incorruptíve, e seus cabelos não deixaram de crescer e o dedo mínimo continuou a movimentar-se.
Não há informações sobre a data de nascimento, batismo, se teve algum seguidor ou apóstolo.
O deus Dioníso
Dioníso (não confundir com Dionísio - em honra a Dioníso) é o deus grego do vinho. Dionísio casou com Ariadne, filha do rei de minos, que no entanto, era apaixonada por Teseu. Na mitologia romana, onde é conhecido por Baco, havia uma festa denominada Bacanal. Essa festa foi proibida por induzir ao consumo de álcool, orgias e a situações constrangedoras. Foi o instrutor na arte da produção de vinhos para o herói Ícaro. Os seguidores de Ícaro porém, ao beberem o vinho acharam que estavam sendo envenenados e o mataram. Dioníso ficou triste e colocou Ícaro numa constelação de estrelas.
Em uma de suas viagens pelo mar Egeu foi capturado por piratas que desejaram vendê-lo como escravo. O deus infestou seu navio com fantasmas e animais selvagens. Os piratas com medo se jogaram ao mar e foram transformados em golfinhos.
O deus lançou uma campanha contra a Índia, levando um exército composto por sátiros, ménades e semideuses. A guerra é tema central do poema épico Dionisíaca do Nono de Panópolis, que relata vida de Dioniso, a guerra e retorno triunfal ao ocidente. Dioniso viajou para o submundo para recuperar sua mãe Sêmele e a trouxe ao Olimpo onde Zeus a transformou numa deusa.
Ele se casou com a princesa Ariadne e com ela teve 04 os filhos: Toas, Estáfilo, Enopião e Pepareto.
Os ritos dedicados a Dioniso eram conhecidos como os mistérios dionisíacos e se caracterizavam por muita ingestão de vinho, para induzir transes. As mulheres que participavam nestes rituais imitavam a conduta das ménades. Executavam danças frenéticas, muitas das vezes em volta da imagem de Dioniso. Nestas danças, as mulheres lançavam as suas cabeças para trás, expondo as gargantas, rolando os olhos, e gritando como animais selvagens. Também executavam um ritual sacrificial, durante o qual as mulheres matavam cabras, cordeiros e gado e devoravam a sua carne crua.
O nascimento milagroso (virginal).
Dionísio era filho de Zeus e Sêmele, que morreu no parto. Zeus engravidou Sêmele, sem o conhecimento de Hera, e prometeu a Sêmele que esta poderia pedir o que quisesse; enganada por Hera, ela pediu que Zeus se mostrasse a ela na sua forma real, como ele se mostrava para Hera. Sem poder recusar, Zeus aparece em uma carruagem de raios e trovões, e Sêmele morre, por causa do susto; Zeus pega o bebê prematuro de seis meses, e o cria na sua coxa. As irmãs de Sêmele, porém, disseram que ela tinha engravidado de um mortal, falsamente acusando Zeus de tê-la assassinado com um raio.
Na hora de Dioniso nascer, Zeus desfez os pontos, e entregou o bebê a Hermes, que o entregou a Ino e seu marido Atamante, ordenando que ele fosse criado como uma menina. Mas Hera fez Atamante enlouquecer, e matar seu filho Learco, confundindo-o com um veado; Ino, em seguida, matou o outro filho Melicertes, e se jogou, com o filho morto, no fundo do mar.
Zeus, porém, enganou Hera, transformando Dioniso em um menino, e entregou-o para as ninfas que viviam em Nisa, na Ásia; estas ninfas, como prêmio, foram transformadas nas estrelas chamadas Híades.
Seguidores
Com seus seguidores (não se tem informações de quantos eram) ele atravessa a Ásia ensinando a cultura da uva. Ele foi o primeiro a plantar e cultivar as parreiras, assim o povo passou a cultuá-lo como deus do vinho.
O rei Licurgo da Trácia atacou Dioniso e seus companheiros quando eles estavam viajando através de suas terras e os lançou no mar. Como punição, o deus causou-lhe uma loucura fazendo-lhe assassinar sua esposa e filho e mutilar-se com um machado. Outro rei Penteu de Tebas se recusou a aceitar a divindade do deus e tentou prendê-lo. Dioniso retaliou Penteu, fazendo a mãe, tias e irmãs do rei entrarem num frenesi enlouquecido e o desmembrarem. Tal episódio é descrito na tragédia As Bacantes.
Bom, não acredito que depois de tudo que vimos haja alguém em sã consciência que ainda tente justificar tantas asneira.




