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Digo e repito: pior que a ignorância é a malícia.

O feminismo ativista, que também faz parte da vida de uma boa parte dos ateus, procura de todas as formas denegrir os textos bíblicos, tratando os costumes e as tradições antigas de povos e regiões, como sendo atos de machismo proposto como doutrina aos cristãos.  Mas quando vamos observar direito essas passagens percebemos que não há o tal machismo sendo imposto e que muitas das situações até ocorrem para a exaltação ou a proteção da mulher, mas que diante das nossas concepções modernas não adquiri este sentido para nós ocidentais do século 21.

Começamos por Provérbios.

Um dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã, Provérbios é, como o próprio nome indica, uma coleção de ditos populares e não uma coleção de doutrinas religiosas. São atribuídos principalmente ao rei Salomão e revelam a concepção de mundo que Salomão e outros tinham. Como não são ensinamentos doutrinários não podem ser usados para demonstrar uma verdade divina.  Porém além de ser um livro de sabedoria, também o é de poesia, portanto, muito do que lá está é posto no sentido figurado, de comparação. As comparações sempre tem o sentido preso a localidade ou região onde elas se originam e as diversas facetas da cultura dessas regiões, já que, para fazer sentido, é necessário que características específicas sejam postas em observância, como animais, plantas, eventos naturais, elementos geográficos como montes, rios, vales etc . Como poderíamos entender que uma mulher fosse comparada a uma cabrita ou um camelo e mesmo assim isso fosse tido como um elogio?

No entanto, o texto específico aqui analisado de Provérbios 11:22, pode até parecer que esteja fazendo uma correlação da mulher com uma porca, mas na verdade não é isso que ocorre. A comparação é feita com a pérola, já sua falha, a indiscrição, é que é comparada a uma porca.

“Como jóia de ouro no focinho de uma porca, assim é a mulher formosa que não tem discrição.” Provérbios 11:22. Portanto não há depreciativo em relação a mulher neste verso.

A próxima passagem a ser analisada neste contexto é essa de Cânticos:

9 Ó minha amada, eu te comparo à égua das carruagens do faraó...” Cânticos 1:9

Novamente ocorre a “ofensa” pela comparação com uma égua? Por que não com outro animal como a bela águia ou a exuberante onça? Tinha que ser uma égua? Nota-se que o preconceito existe na cabeça de quem diz (ou seria novamente a maldita malícia?). Ora, basta ler alguns versículos a mais para perceber o quão elogiosas foram esta palavras em relação à mulher (Mas eles preferem ficar presos à égua, sem nem saber o quão eram belas as éguas do faraó).

8 Se não o sabes tu, Ó MAIS BELA ENTRE TODAS AS MULHERES, segue o caminho das ovelhas, e apascenta os teus cabritos junto às tendas dos pastores. 9 Ó minha amada, eu te comparo à égua das carruagens do faraó. 10 Lindas são tuas faces entre teus brincos, e belo é o teu pescoço com os colares que te adornam.” Cânticos 1.

Novamente, para os ateus, a má fé sobrepujou a coerência textual.

O próximo livro a ser vítima da má fé e da malícia ateísta neste meme é o de Eclesiástico 25, versículo 26.

“26 Toda malícia é leve, comparada com a malícia de uma mulher; que a sorte dos pecadores caia sobre ela!” Eclesiástico 25:26.

A ideia é passar para o leitor novamente um hipotético machismo ao separar um versículo que supostamente afirma que a mulher seria maliciosa simplesmente por ser mulher. Mas isso não é verdade. O texto fala especificamente da mulher maliciosa (e não da mulher em geral), que com sua astúcia pode levar o homem a desgraça, destruir o casamento, a família e até mesmo provocar a perdição espiritual do homem (da mesma forma o homem malicioso faria com a mulher, o casamento, a família e a santidade da mulher).

Alguns versos do mesmo capítulo elucidam essa questão:

“22.Não há veneno pior que o das serpentes; 23.não há cólera que vença a da mulher. É melhor viver com um leão e um dragão que morar COM UMA MULHER MALDOSA.”

“27.Como uma ladeira arenosa aos pés de um ancião, assim é A MULHER TAGARELA para um marido pacato.”

“31.Coração abatido, semblante triste e chaga de coração: eis o que FAZ UMA MULHER MALDOSA.”

“32.Mãos lânguidas, joelhos que se dobram: eis o que faz UMA MULHER que não traz felicidade ao seu marido.”

Sempre é bom lembrar que na Bíblia existem críticas do comportamento humano. Em determinados texto são revelados em relação à mulher e em outros, em relação aos homens e em outros, aos dois ao mesmo tempo. Isso é lógico por que não há acepção de pessoas, somos todos considerados pecadores.

Porém, de acordo com a crença cristã, foi através do pecado da desobediência de Adão e Eva no Éden que a morte entrou na vida do ser humano e a malícia da mulher chamada Eva foi fundamental na produção desta situação. Eva se encaixaria na mulher maliciosa e perigosa que faz parte do contexto de Eclesiástico 25. Ela promoveu a destruição não do o casamento ou da família, mas, a possibilidade da perda da salvação da alma revelando o grande poder que uma mulher maliciosa poder ter sobre o homem. De fato, é algo inquestionável que o homem seja presa fácil, diante do poder de sedução e malícia de uma mulher repleta de segundas intenções. A História da humanidade está repleta de exemplos, como o de Cleópatra, Helena de Troia ou Maria Antonieta.

Os últimos versos deturpados nesta imagem são os de Gênesis 38:14-17. Eles fazem parte da história de Judá e Tamar. Judá casou com Suá e teve três filhos Er,  Onã e Selá. Para casar com seu filho Er, Judá escolheu a jovem Tamar. Deus, no entanto, matou Er por conta da sua maldade (não é especificado qual teria sido a situação de maldade de Er para que merecesse a morte. Mas isto é outro assunto).

Judá então, de acordo com as leis, obriga Onã a se casar com Tamar, para que assim ela desse descendente a Er (coisa doida, não?). Onã porém não quis ter filhos com Tamar e dar suas descendência para a honra de seu irmão, então, sempre que fazia sexo com Tamar, ejaculava fora. Por isso também recebe o veredicto de morte por parte Deus (outra coisa estranha que poderá ser assunto de outra postagem). Judá então manda Tamar ir morar com os pais dela até que seu filho mais novo, Selá, se torne adulto.

Um dia Tamar fica sabendo que seu sogro estava na sua cidade e resolveu enganá-lo, para assim ter relações sexuais com ela, para assim ficar grávida do seu sogro, já que achava que não seria dada a Selá, pois o mesmo já se encontrava com idade suficiente para casar. Judá, ao encontrá-la a beira da estrada, pensa ser uma prostitua do templo e é nesse momento que é dito as frases da passagem selecionada para a crítica aqui analisada:

“16 Ela lhe perguntou: “O que você me dará para deitar-se comigo?” 17 Disse ele: “Eu lhe mandarei um cabritinho do meu rebanho”. Gn 34:16-17.

O que Judá oferece é, para a época, um bom pagamento por uma noite de sexo, já que Tamar se passava por uma prostituta. Ou seja, não há ai nenhuma relação de menosprezo ou tentativa de redução do valor da pessoa de uma mulher. Ela, no entanto, não foi digna e se comporta de maneira vil. Enganando o próprio sogro para ter com este um filho de forma maquiavélica e assim obter vantagens, principalmente econômicas, já que, seu sogro era um homem rico. O plano foi tão ardiloso que ela premeditou o seu desfecho. Pediu como garantia “O seu selo com o cordão, e o cajado que você tem na mão” Gênesis 38:18. Depois de ser acusada de estar se prostituindo e ter engravidado por isto, ela revela que o pai do seu filho é o proprietário do selo e do cajado que ela possuía.

 

Bom, por fim devemos entender que todas essas passagens estão se referindo não a todas as mulheres, mas sim a mulher que tem o sentimento negativo da malícia em seu coração e que, portanto, não deve ter o benefício de não ser criticada simplesmente por ser mulher. Afinal de contas, somos ou não somos todos iguais?

Este site se dedica única e exclusivamente a promover e defender a Igreja Católica.  A Santa Madre Igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo.  

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