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A arca de madeira e de ouro

 

Ex 25:10-22 ( Ex 37:1-5 )

10  Também farão uma arca de madeira de acácia; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura. 11  E cobri-la-á de ouro puro; por dentro e por fora a cobrirás; e farás sobre ela uma coroa de ouro ao redor; 12  E fundirás para ela quatro argolas de ouro, e as porás nos quatro cantos dela, duas argolas num lado dela, e duas argolas noutro lado. 13  E farás varas de madeira de acácia, e as cobrirás com ouro. 14  E colocarás as varas nas argolas, aos lados da arca, para se levar com elas a arca. 15  As varas estarão nas argolas da arca, não se tirarão dela. 16  Depois porás na arca o testemunho, que eu te darei. 17  Também farás um propiciatório de ouro puro; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio. 18  Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. 19  Farás um querubim na extremidade de uma parte, e o outro querubim na extremidade da outra parte; de uma só peça com o propiciatório, fareis os querubins nas duas extremidades dele. 20  Os querubins estenderão as suas asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório; as faces deles uma defronte da outra; as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório. 21  E porás o propiciatório em cima da arca, depois que houveres posto na arca o testemunho que eu te darei. 22  E ali virei a ti, e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do testemunho), tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel.

A arca da aliança não é apenas um objeto onde foram guardados os dez mandamentos e outros artefatos sagrados (a vara de Aarão e a máquina de maná). Mas seria também um aparelho de comunicação entre Javé e seu povo e uma arma de guerra para os Hebreus que a levavam em suas batalhas, à frente de seus exércitos. A presença da Arca foi suficiente para que os Hebreus destruíssem os cananeus apesar de estar em grande desvantagem numérica, porém quando não a utilizavam, sofriam grandes derrotas. No episódio da batalha de Jericó ela é usada junto com trombetas e gritos humanos amplificados para provocar a derrubada da muralha de Jericó. Como um aparelho de alta capacidade sonora, que com sua vibração provocaria o desmoronamento da muralha (seria uma precedente da máquina de terremotos de Tesla?).  Josué 6:13-20 “13  E os sete sacerdotes, que levavam as sete buzinas de chifres de carneiros, adiante da arca do SENHOR, iam andando, e tocavam as buzinas, e os homens armados iam adiante deles e a retaguarda seguia atrás da arca do SENHOR; os sacerdotes iam andando e tocando as buzinas... 16  E sucedeu que, tocando os sacerdotes pela sétima vez as buzinas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o SENHOR vos tem dado a cidade... 20  Gritou, pois, o povo, tocando os sacerdotes as buzinas; e sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande brado; e o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada um em frente de si, e tomaram a cidade”. Devido Acã (da tribo de Judá) ter roubado dos despojos de Jericó, “uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma cunha de ouro, do peso de cinquenta siclos” (Js 7:21), metais esses que serviriam para a manutenção da arca, Javé abandona seu povo na batalha de Aí e a arca não se fará presente. Ocorrendo então uma fragorosa derrota do povo de Israel. “3  E voltaram a Josué, e disseram-lhe: Não suba todo o povo; subam uns dois mil, ou três mil homens, a ferir a Ai; não fatigueis ali a todo o povo, porque poucos são.4  Assim, subiram lá, do povo, uns três mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai. 5  E os homens de Ai feriram deles uns trinta e seis, e os perseguiram desde a porta até Sebarim, e os feriram na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água. 6  Então Josué rasgou as suas vestes, e se prostrou em terra sobre o seu rosto perante a arca do SENHOR até à tarde, ele e os anciãos de Israel; e deitaram pó sobre as suas cabeças” (Js 7:3:6).

 

                         Sobre a tampa, chamada propiciatório, foram colocados duas imagens de ouro em uma única peça, em forma de anjos ajoelhados de frente um para o outro e com suas asas para frente tocando-se nas extremidades em forma de arco. Essas imagens pareciam proteger o objeto, ou seriam antenas? (Êxodo 25:10-21; 37:7-9). Javé se fazia presente no propiciatório no meio dos dois querubins de ouro. Os Judeus chamavam essa presença divina de Shekiná, ou presença de Deus (também era o representativo de seu lado feminino). É claro que a arca era um artefato que teria propriedades físicas, químicas, biológicas, eletromagnéticas, nucleares..., muito fortes advindas de reações e propriedades inerentes aos materiais usados em sua confecção (ouro, prata, madeira e provavelmente outros não mencionados que teriam características como radiação e eletromagnetismo), já que causava doenças ou mesmo matava quem se aproximasse dela de maneira desprotegida.

                        Os filisteus, povo inimigo de Israel, roubaram a arca e sofreram alguns males como chagas e doenças enquanto a tinham em seu poder. Diante disso, eles se livraram da arca sagrada, enviando-a para a cidade de Gate, e depois para Ecron, que não a receberam e enviaram-na de volta aos israelitas.

                         A Arca da Aliança ficou sob a guarda do sacerdote Eli e seus filhos Fineias e Hofni. Nessa época, o exército israelita foi derrotado pelos palestinos em Ebenézer. Dessa vez a arca não protege o seu povo, eles são derrotados e a arca é capturada. Segundo os religiosos isto teria ocorrido para se cumprir uma maldição imposta a Eli, preconizado anteriormente pelo profeta Samuel através de uma revelação. Os filhos de Eli foram mortos.                          Ao saber do fato, Eli caiu de sua cadeira e morreu com o pescoço quebrado. “E sucedeu que, fazendo ele menção da arca de Deus, Eli caiu da cadeira para trás, da banda da porta, e quebrou-se-lhe o pescoço, e morreu; porquanto o homem era velho e pesado; e tinha ele julgado a Israel quarenta anos.”, I Samuel 4:18.

                       Os filisteus levaram a arca para o templo de Dagom, em Asdode. Fatos estranhos aconteceram logo após isso: a cabeça da estátua de Dagom apareceu cortada. Em seguida, enfermidades (hemorroidas, principalmente) e uma grande peste de ratos teriam afligido o povo de Asdode.                              Nem mesmo os soberanos da cidade foram poupados, o que fez com que a arca fosse levada para outra cidade, Ecrom, e de lá, devido à rejeição da população foi enviada de volta a Israel em uma carroça. Durante a viagem na cidade de Bete-Semes, despertou a curiosidade de algumas pessoas, que resolveram olhar em seu interior e morreram instantaneamente.

                      O rei Davi ordenou que a Arca fosse levada para Jerusalém e durante a invasão de Judá pelo rei da Babilônia, Nabucodonosor, a cidade de Jerusalém foi tomada e a arca desapareceu.

                        Para os católicos e judeus da diáspora (a dispersão dos judeus, no decorrer dos séculos), o desaparecimento da Arca é narrado no livro de II Macabeus. O profeta Jeremias teria enviado a arca para uma caverna no monte Nebo.(II MAC Cap. 2).

                       No apocalipse há também uma revelação sobre aonde foi parar a arca. Em uma de suas visões, João relata ter visto a Arca da Aliança no templo de Deus no céu. Apocalipse 11:19 "E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo...".

                      Os escritos Kebra Nagast tiveram como objetivo fazer com que o povo da Etiópia acreditasse que seu país fora escolhido por “Deus” para substituir Israel como seu povo, já que eles não foram merecedores de tal dádiva.

                        Etiópia seria a nova casa espiritual e celestial, Sion ou Sião. Essa Sion seria a habitação de Deus na terra.

                     Moisés teria criado sob inspiração divina, uma copia em madeira e ouro e colocou nelas as duas tábuas das Leis, o pote de Maná e o cajado de Moisés. Essa copia material foi chamada de Sion, o Tabernáculo da Lei de Deus e Senhora Sion.

                       Porém, segundo a Igreja Ortodoxa Etíope, a Arca foi levada à Etiópia por Menelik I, filho do Rei Salomão e Makeda, a Rainha de Sabá. Ela estaria sob a guarda de um único sacerdote no interior da capela da Igreja de Santa Maria de Sião na cidade de Axum. Irritados por ter que abandonar sua terra, pois teriam que seguir Menelik em sua viagem de volta a Etiópia, jovens nobres roubam a arca da aliança, pondo uma cópia de madeira em seu lugar, (cap. 45 e 46). O interessante é que eles são ajudados pelo arcanjo Miguel, que se utiliza de algum tipo de nave para a viagem até a Etiópia, que é transcorrida com muita rapidez, com as carruagens flutuando no ar (cap. 52). ”52  ... Após um pequeno dialogo eles aprontaram as carruagens, os cavalos, mulas para partir, e eles seguiram em sua jornada, e o Arcanjo Miguel seguiu à frente da caravana e abrindo suas asas os fez seguir pelo mar e sobre terra, carga, carruagens, tudo foi levado, elevadas como uma águia quando desliza sobre o vento , e ninguém ficou em frente ou atrás , ou a direita ou a esquerda.”.

                       Em Gaza, eles enganam Menelik e dizem que trouxeram a arca para cumprir a vontade de Deus (cap. 53). A arca é levada para a capital da Etiópia, Dabra Makeda (Axum), (cap. 84).

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