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A torre da confusão das línguas

                    Gn 11:1-8E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala. 2 E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali. 3 E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal. 4 E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. 5 Então desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; 6 E o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. 7 Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. 8 Assim o SENHOR os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.

                    No episódio da Torre de Babel encontramos provavelmente duas revelações muito interessantes em relação a Javé, o deus de Israel: ele faria parte de um grupo de seres e também pode ser Baal, o deus pagã fenício. O deus do antigo testamente também é colocado como um ser representativo de uma classe em várias outras passagens, como em Gn 1:26 “26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”, ou em Salmos 82:1-8. “1 Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses. Aqui em Gênesis 11é usado as palavras “desçamos e confundamos” pelo próprio Javé como uma convocação aos outros seres “divinos” para participarem de um projeto em que vitimizariam os humanos com a confusão de suas línguas com o objetivo de neutralizar suas ações. No entanto, para associar Javé a Baal nesta passagem, é necessário recorrer a um texto extra bíblico. Nos escritos do historiador grego Heródoto. Ele escreveu: “... O centro de cada divisão da cidade (Babilônia) era ocupado por uma fortaleza. Numa ficava o palácio dos reis, rodeado por um muro de grande força e tamanho: na outra estava o sagrado recinto de Júpiter (Zeus) Belus, um cerco quadrado de 201 m de cada lado, com portões de latão sólido; que também lá estavam no meu tempo. No meio do recinto estava uma torre de mamposteria sólida, de 201 m em comprimento e largura, sobre a qual estava erguida uma segunda torre, e nessa uma terceira, e assim até oito.

                     A ascensão até ao topo está do lado de fora, por um caminho que rodeia todas as torres. Quando se está à meio do caminho, há um lugar para descansar e assentos, onde as pessoas se podem sentar por algum tempo no seu caminho até ao topo. Na torre do topo há um templo espaçoso, e dentro do templo está um sofá de tamanho invulgar, ricamente adornado, com uma mesa dourada ao seu lado.”, é possível associar, segundo alguns estudiosos, o deus Júpiter Belus ao deus Baal Bel (Porta do Senhor) e essa história ao surgimento da lenda da Torre de Babel.

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