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As leis acerca da idolatria e a Cabala

Ex 22:18

18  A feiticeira não deixarás viver.

 

Levítico 20:6

A única consulta mística aceita pelo deus de Moisés é a que se destina a si próprio, então é determinado que os magos, adivinhos e feiticeiros deveriam ser eliminados: "Quando alguém se virar para os necromantes e feiticeiros... eu me voltarei contra ele e o eliminarei do meio do seu povo"

 

II Crônicas 33:6

"[Ele] adivinhava pelas nuvens, era agoureiro, praticava feitiçaria, e tratava com necromantes e feiticeiros... para provocar [o Senhor] à ira"

 

Isaías 8:19

"Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos... acaso não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?"

 

                      Os feiticeiros e semelhantes eram odiados por Javé, talvez pela redução da idolatria a si pelo seu povo ou pelo encaminhamento dos seus féis em práticas ocultas que não poderiam ser disseminadas de maneira aberta, mas faziam parte, de forma intrínseca, à cultura judaica, na prática de rituais estranhos e no exercício da Cabala (receber). Considerada por muitos como uma filosofia esotérica que tem como objetivo a busca do conhecimento que leva a “Deus” (D'us) e que procura desvendar os segredos do universo, e por outros, como um estudo esotérico e ocultista. Os cabalistas acreditam que o Pentateuco possui ensinamentos ocultos que compreende o Curandeirismo, a Cromoterapia, a Numerologia, a Astrologia, a Magia, a Angelologia, a comunicação com os mortos, o Hermetismo etc. Ela estaria oculta em cada letra, número e acento do livro da Torá (também chamado de “O código da Bíblia”, revelando o passado, o presente e o futuro de toda a humanidade). Esse código secreto teria sido colocado nestes textos pelo próprio Javé e só pode ser desvendado pelos iniciados da Cabala. Essa seria a ciência da criação que se concretiza através da palavra criadora e formadora do universo (O verbo). Deus teria criado tudo com a força do pronunciamento do idioma divino, que originou o idioma hebraico. E Javé a passaria para Adão e Eva através do ser denominado de Serpente (Samael), em Gênesis 3:5 ”Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”. Deles, o conhecimento seria passado a Enoque, deste a Abraão, que transmitiu aos seus filhos e netos. Segundo os cabalistas, Moisés teria reescrito esses segredos quando esteve na presença de Javé durante 40 dias no monte Sinai (O livro da Aliança?) e os ensinados aos anciãos. Dt 29:29 “As coisas encobertas são para o Senhor nosso Deus, porém as reveladas são para nós e para os nossos filhos para sempre, para cumpri todas as palavras da lei”.

                     A Cabala seria a grande ciência, o conhecimento de tudo e a formadora de todas as nossas concepções científicas, religiosas e filosóficas. Praticamente tudo derivaria dos conceitos cabalísticos: o Judaísmo, o Hinduísmo, o Hermetismo, a Magia, a Matemática Pitagórica, a Psicanálise (Freud, um judeu ateu,  em  “O homem Moisés e a religião monoteísta”),  a Filosofia (Platão, com o seu “República” articulou a base do futuro Estado totalitário, governado pela elite, ou "reis filósofos", ou "responsáveis", retirados da Cabala. Nietzsche e o seu conceito do "Super-Homem" e Schopenhauer, em “O mundo como vontade e como representação”, o mesmo que o “faça o que tu queres”), a Alquimia (a precursora da ciência), a Astrologia, a Quiromancia, a Estatística, o Nazismo, a Probabilidade, o Satanismo (invocação de demônios e o conceito do “faça o que tu queres”), as profecias, os Templários, a Física, a Criptografia, a Astronomia, a Física quântica (Teoria do Caos e noções de universos paralelos), o Budismo, a Teosofia, o Humanismo, o Ateísmo, o Espiritismo, religiões egípcias, a Maçonaria, o Ioga etc. Já foi dito que a teoria do Big bang já estava descrita no textos cabalísticos. A Teoria da evolução de Darwin também é representada na Cabala pelo desenho da árvore da vida (a árvore sefirótica), onde cada sefira é um processo de evolução constante e ordenado.

                           A Cabala permitiu a Newton desenvolver sua teoria da gravitação Universal através do conceito cabalístio do Makon (lugar), o próprio Deus, que com sua força, manteria e ordenaria os corpos celestes na imensidãodo espaço.

                   O cientista alemão e judeu, Albert Einstein, disse: “Todos aqueles que estão seriamente envolvidos na busca da ciência tornam-se convencidos de que algum espírito se manifesta nas leis do universo, que é muito superior àquele do homem. Desta forma a busca da ciência leva a uma sensação religiosa de um tipo especial, que é certamente bastante diferente da religiosidade de alguém mais ingênuo”.

                  Em 1654, o cientista francês Blaise Pascal (França, 1623-1662), teve uma experiência mística de duração de duas horas, aproximadamente. Ele registrou esse episódio em um pergaminho que carregava costurado internamente em suas roupas. No início desse pergaminho estava escrito: “Fogo, deus de Abraão, deus de Isaac, deus de Jacó, não dos filósofos e eruditos; Certeza, certeza, profundamente sentida...”. Pascal era um grande estudioso da Cabala e dos textos judaicos da Torá e em certa vez afirmou: “O antigo testamento é uma escrita cifrada”. Desses estudos vieram vários conceitos científicos que foram usados na formulação de sistemas de probabilidades e de estatísticas que seriam a base para a computação moderna.

 

                      As tradições esotéricas Ocidentais (Hermetismo), também chamadas de movimentos do Neo-Paganismo e da Nova Era, estão fortemente intrincadas com muitos dos aspectos da Cabala. A Cabala  “Hermética”, como é muitas vezes denominada, provavelmente alcançou seu apogeu com a “Ordem Hermética do Alvorecer Dourado” (Hermetic Order of the Golden Dawn), uma organização de alto nível na magia cerimonial.                                   Fundido-se com cultos a deidades gregas e egípcias, com o sistema enochiano da magia de John Dee (Londres, 1527-1608 ou 1609) e com alguns conceitos hinduístas e budistas presentes nos rituais de organizações secretas como a Maçônaria e a Rosacruz. O grande praticante e divulgador desses rituais foi sem dúvida o satanista e ocultista Aleister Crowley (Inglaterra, 1875-1947), ele especificou o uso da Cabala  nesses rituais em vários de seus livros. Destes, talvez o mais significativo seja Líber 777, O Sanctum Celestial, contendo os trinta e dois números que representam as dez esferas e vinte e dois caminhos da árvore da vida cabalística.

                             Algumas passagens que mencionam secretamente essa ciência, denominada de Cabala: 

 

Galatas 1:8

“Mas ainda que nós mesmo ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anatema”.

 

I Timótio 4:1

"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios." 

 

Colossenses 2:8

"Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo."

 

Daniel 2:21-22

“Deus muda os tempos e as horas; Ele remove os reis e estabelece os reis, Ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido, conhece o que está em trevas, e com Ele mora a luz”.

 

Amos 3:7

“Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma sem antes ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas”.

 

Gênesis 40:8-9

“Eles disseram: Temos sonhado um sonho, e ninguém há que o interprete. E José disse-lhes: Não são de Deus as Interpretações? Contai-mo, peço-vos”.

 

Eclesiastes 8:1-2

“Quem é como sábio? Quem sabe a interpretação das coisas? A sabedoria do homem faz brilhar o seu rosto, e a dureza do seu rosto muda. Eu digo: Observa o mandamento do rei, e isso em consideração para com o juramento de Deus”.

 

                             Estudiosos das ciências místicas dizem ser correto associar a Cabala ao misticismo judeu desde a sua origem nos primeiros séculos da era comum. O primeiro livro escrito na Cabala é o Livro da criação (Sefer Yetzirah), escrito por Abraão, o pai das chamadas religiões abraâmicas, ou seja, as três grandes religiões monoteístas: cristianismo, islamismo e judaísmo.

                         Javé estaria tentando eliminar do meio do seu povo escolhido, pessoas que estariam divulgando, sem permissão, conhecimentos ocultos de grande poder, fornecidos por ele mesmo? Ou estes feiticeiros não passariam de meros charlatões, o que provocaria a ira de Javé?

 

 

 

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