Javé fala com Moisés do meio da sarça ardente
Ex 3:1-4
1 E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe. 2 E apareceu-lhe o anjo do SENHOR em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. 3 E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima. 4 E vendo o SENHOR que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui.
É curioso que o monte Horebe tenha o nome de Monte de Deus. Se esse nome for anterior a esse episódio, é sinal de que Javé já teria aparecido com certa frequência por lá. A sarça é a mesma planta que aqui no Nordeste do Brasil chamamos de jurema. Porém, quando ela sofre a ação parasitária de outra planta, uma espécie de Acácia como a sarça, que possui as suas flores e frutos de cor vermelho sangue. Ao longe, dá-se a impressão de chamas na planta, daí o nome de sarça ardente quando isso ocorre. Moisés provavelmente não sabia disso e achou que a sarça realmente ardia em fogo e se assustou por ela não está se consumindo nas “chamas”?
Estaria Moisés presenciando o sobrevôo da nave do anjo do Senhor sobre a sarça, onde sua propulsão não afetava a planta, não a queimando?
O Anjo do SENHOR é novamente revelado como o próprio Javé.
Os teólogos se utilizam do termo teofania (que significa manifestação de Deus em lugar, ou coisas e até mesmo em pessoas) para justificar essas passagens. Isso seria uma manifestação de Deus e não o próprio Deus em pessoa aparecendo a Moisés.