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Javé não é o Deus

                           Deus com D maiúsculo, o único, o criador de todo o universo, o onipotente, onipresente e onisciente ser divino, a imensidão em esplendor, o criador da humanidade... Diante de tantos adjetivos, por que ao estudar os livros de Moisés ficamos inclinados a acreditar que eles falavam de outro ser?

                           Exatamente pela imensa diferença existente entre os dois “personagens” no bojo desses livros. Moisés nos brinda com um ser poderoso, mas limitado, um ser misterioso, mas vingativo, capaz de obras magníficas e ao mesmo tempo, preso a limitações absurdas. Um ser que sente ira, que esquece, que destrói, mente e mata. São, com certeza, seres diferentes.

Muitos pesquisadores bíblicos endossam essa teoria afirmando que antes do surgimento da Bíblia, como a conhecemos, Javé não era considerado o único deus; ele era apenas mais um entre tantos e não era o mais adorado e respeitado entre os israelitas. Como então temos a formação dessa confusão?

                            O deus bíblico do antigo testamento, ou melhor, do Pentateuco, dos livros de Moisés, tomou os holofotes para si retirando o Deus da criação do primeiro plano pelas mãos do próprio Moisés, ou de quem realmente escreveu ou escreveram esses textos, já que essa ideia de todos terem sido escritos por Moisés ainda não é um consenso entre os estudiosos. No caso de Moisés, sua história de vida até os 40 anos observando as normas e cultos egípcios e o fato de ele provavelmente ter vivido durante o reinado do faraó Akhenaton, que instituiu o culto único ao deus sol Aton, influenciou no início do monoteísmo entre o povo judeu, através da imposição do culto ao deus Javé (Aton?). Moisés teria encontrado-o pessoalmente pela primeira vez no episódio da sarça ardente no deserto (Akhenaton também teria encontrado o seu deus no mesmo deserto). É clara a semelhança entre os dois deuses, o SENHOR (Javé) e Aton, eles são de uma luminosidade intensa e exigiam idolatria única e exclusiva. Esse deus era seletivo, escolhia quem teria o “privilégio” de lhe adorar e a quem iria ofertar sua “proteção”, ele era o deus de Abraão, Isac e Jacó e também de Moisés e seu povo. Mas como conseguir se tornar um deus único em uma região de um grande politeísmo? Eram tantos: Baal (talvez o próprio Javé), Marduke, Asserá, Dagon, Artêmis..., e todos convivendo com o Senhor de Moisés. A grande estratégia foi promover a fuga de uma grande nação do seu cativeiro de escravidão, guiando-os pelo deserto com uma promessa de no final obter uma terra dos sonhos que manava leite e mel.

                            Faz-se necessário deduzir que tais fatos tenham realmente ocorrido e que não seria ilógico afirmar que o relatado ser não seria um deus, mas uma criatura diferenciada dos humanos, um ser celestial ou o que hoje comumente denominamos de extraterrestre. Um ser com grandes capacidades tecnológicas que seriam confundidas com poderes extraordinários e com uma aparência estranha e assustadora, mas nunca um deus, ou melhor, o Deus. A confusão seria originada da pouca instrução de um povo sofrido que em uma ânsia de liberdade e paz se rende a crença divinatória a um ser que representaria a sua salvação.

                           Desta forma, nos vemos inclinados a acreditar que uma frase dita supostamente pelo grande cientista alemão Albert Einstein, talvez tenha origem em conclusões semelhantes as expostas neste trabalho: “A religião do futuro será cósmica e transcenderá um deus pessoal...”. Einstein, provavelmente se referia ao deus hebreu, associado erroneamente ao Deus único e criador do universo? Ele sabia dessa verdade ou apenas revelava sua insatisfação com as religiões tradicionais? Também estamos sustentados pelos ensinamentos de Jesus e por suas ações. Não poderíamos chegar a conclusões diferentes das expostas no presente trabalho. Seriam, quem sabe, essas as verdades que Jesus não chegou a revelar de maneira clara enquanto em forma humana esteve entre nós, a que se referia em João 16?

 

João 16:12-13

"Tenho ainda muito o que vos dizer, mas não o podeis suportar agora; quando vier, porém, aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará a toda a verdade".

 

 

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