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O bezerro de ouro

Ex 32:1-10 ( Dt 9:6-21 )

1  MAS vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu. 2  E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos. ....4  E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito. 5  E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse: Amanhã será festa ao SENHOR. 6  E no dia seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar. 7  Então disse o SENHOR a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido...9  Disse mais o SENHOR a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo de dura cerviz (nuca). 10  Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se acenda contra ele, e o consuma; e eu farei de ti uma grande nação.

 

                     Não é de espantar o fato do povo de Israel ter construído um novo deus em ouro, eles também eram em grande número, politeístas. Também é sabido, que durante a escravidão, eles viveram sob o jugo dos egípcios e não seria nada anormal que eles também tenham imposto à veneração aos seus deuses, ou que no mínimo o povo de Israel tenha entrado em contato com esses costumes. É de chamar a atenção, o fato de Javé ter comunicado a Moisés, em tom de preocupação, que o povo escolhido estava se desviando da sua idolatria e que Moisés deveria descer logo para que ele não alimentasse sua ira para com eles. Diante da insegurança surgida com a demora de Moisés a reaparecer para o seu povo, eles buscam refúgio na idolatria a outro deus, provavelmente se utilizando dos costumes egípcios. O bezerro de ouro certamente representaria o deus egípcio Ápis, símbolo de força e fertilidade. O bezerro de ouro também é adorado em outra passagem bíblica, no livro de I Reis 12, quando o reino de Israel é dividido em dois e o rei Jeroboão, que não tinha descendência real, fez dois bezerros de ouro para que o povo não odorasse o SENHOR (Javé).

                       Sobre esse episódio, outra passagem revela-nos alguns motes bem interessantes. Em Atos 7:41-54 é colocado que o deus da adoração em questão era Moloque, que segundo o texto fazia parte do “exército do céu” e era para ele que era oferecido os sacrifícios durante o período dos 40 anos de peregrinação pelo deserto. Mas os sacrifícios não eram para o SENHOR Javé? Estevão estava se referindo ao verdadeiro Deus, que não exigia sacrifícios? Eles também, durante esse período, adoravam a Renfã, cujo símbolo era uma estrela. Estevão, por final, critica a construção de um templo por Salomão, afirmando que o verdadeiro Deus não habita em templos feitos pelo homem e de maneira ríspida desabafa, afirmando que o povo de Israel perseguiu os profetas e não aceitou Jesus como filho de Deus. Até hoje eles não o aceitam. As leis teriam sido organizadas pelos “anjos”. Atos 7:41-54: “41  E naqueles dias fizeram o bezerro, e ofereceram sacrifícios ao ídolo, e se alegraram nas obras das suas mãos. 42  Mas Deus se afastou, e os abandonou a que servissem ao exército do céu, como está escrito no livro dos profetas: Porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios No deserto por quarenta anos, ó casa de Israel? 43  Antes tomastes o tabernáculo de Moloque, E a estrela do vosso deus Renfã, Figuras que vós fizestes para as adorar. Transportar-vos-ei, pois, para além da Babilônia. 44  Estava entre nossos pais no deserto o tabernáculo do testemunho, como ordenara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto. 45  O qual, nossos pais, recebendo-o também, o levaram com Josué quando entraram na posse das nações que Deus lançou para fora da presença de nossos pais, até aos dias de Davi, 46  Que achou graça diante de Deus, e pediu que pudesse achar tabernáculo para o Deus de Jacó. 47  E Salomão lhe edificou casa; 48  Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: 49  O céu é o meu trono, E a terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor, Ou qual é o lugar do meu repouso? 50  Porventura não fez a minha mão todas estas coisas? 51  Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais. 52  A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas; 53  Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes. 54  E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele”.

 

1 Rs 12:26-31

26  E disse Jeroboão no seu coração: Agora tornará o reino à casa de Davi.27  Se este povo subir para fazer sacrifícios na casa do SENHOR, em Jerusalém, o coração deste povo se tornará a seu SENHOR, a Roboão, rei de Judá; e me matarão, e tornarão a Roboão, rei de Judá. 28  Assim o rei tomou conselho, e fez dois bezerros de ouro; e lhes disse: Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito. 29  E pôs um em Betel, e colocou o outro em Dã. 30  E este feito se tornou em pecado; pois que o povo ia até Dã para adorar o bezerro. 31  Também fez casa nos altos; e constituiu sacerdotes dos mais baixos do povo, que não eram dos filhos de Levi.

 

                    Uma explicação para essa adoração ao bezerro ou boi talvez não esteja exatamente relacionada à idolatria, mas sim na crença astrológica, ou seja, o período relativo a esses acontecimentos estariam dentro da chamada Era de Touro, eles estaria festejando o advento dessa era. A origem dessas eras é explicada pelo movimento da terra sobre seu próprio eixo, conhecido como precessão dos equinócios. Esse movimento levaria, mais ou menos, 25.750 anos para completar um ciclo. Esse ciclo seria dividido em doze partes iguais de 2.146 anos para um determinado signo, 25.750 anos dividido por 12 signos, que também é chamado de era. Estamos, agora no momento bíblico, na era de Áries (carneiro), que foi de 2.330 até 184 a.C. Simbolicamente, Moisés teria com o seu ato de reprovação, ao destruir o bezerro de ouro, determinado o fim da era de Touro e dado início à era de Áries, que depois seria substituída pela de Peixes (184 a.C. até 1962 d.C.). Provavelmente por isso, teriam posteriormente usado o peixe como símbolo de Jesus Cristo, ou dos cristãos, pois estariam dentro da era de peixes. Esse período de duração de eras astrológicas é variável segundo o entendimento dos estudiosos esotéricos, porém para muitos, é aproximadamente de 2.000 anos.

 

Recorrendo ao Esoterismo

Eras Astrológicas

 

                        Para os esotéricos, cada era astrológica tem o seu mensageiro, ou avatar, trazendo uma nova ideologia, um novo pensar filosófico sobre a vida. 

                        Eles acreditam que um novo avatar (salvador) comandará o juízo final, eliminando todos os vícios da antiga civilização e preparará o caminho para a formação de um novo mundo, uma nova era. Estaria esse conceito em comunhão com a crença dos cristãos na segunda vinda de Jesus? Não, está em completa discordância, que esse ser seria um novo mensageiro e não o mesmo da era de peixes (Jesus)? Aqui colocarei um pequeno resumo dos conceitos representativos de cada era, de acordo com o que acreditam alguns esotéricos. 

 

As eras astrológicas são:  

 

Era de Leão (10.914 até 8.768 a.C.)

A era de leão tem como avatar Amon-Rá (o deus sol egípcio). Essa era foi marcada pelo uso indevido do fogo, algo tecnologicamente muito avançado oferecido por parte dos atlantis e que ocasionou os cataclismos que destruíram o continente perdido citado por Platão. A civilização da Atlântida foi muito avançada cientificamente, porém se desviou do espiritual e se rendeu aos desejos carnais, provocando a sua destruição.

Antes de isso acontecer, muitos atlantis migraram para o Egito. Isso talvez explique como uma nação que surgiu no meio de um deserto construiu uma civilização tão avançada enquanto que no resto do mundo as civilizações estavam engatinhando ou não eram mais que bárbaros.

 

   Era de Câncer (8.767 até 6.622 a.C.)

Atlântida, civilização no ápice da era de Leão, foi destruída pelo mau uso da energia (fogo de Leão) e afundou (purificação pela água de Câncer) num local incerto. Seus sobreviventes precisaram procurar outros lugares para morar (Egito, Índia, etc.). Essa epopeia é o ponto principal da Era de Câncer, é a reorganização cultural, o dilúvio universal purificador e a renovação espiritual (novas crenças, religiões e deuses). Praticamente todas as civilizações do planeta tiveram uma lenda sobre um dilúvio universal, cuja água purificaria a raça humana. Noé (e similares de outras civilizações) seria seu avatar.

 

Era de Gêmeos  (6.622 até 4.476 a.C.)

É representada por dois pilares que estão associados à selvageria e à civilidade do homem. É durante essa era que surge vários mitos de irmãos gêmeos, como o de Osíris (civilidade) e Seth (bestialidade) no Egito.

O império Egípcio se concretiza nessa era.

 

Era de Touro  (4.476 até 2.330 a.C.)

Nessa era dá-se o início da estabilização do homem a terra para plantar e cultivar. Foi durante essa era que surgiram as religiões adoradoras do touro, principalmente no Egito, como o boi Ápis e a deusa Hathor. O Avatar da era de Touro é Krishna.

 

Era de Áries  (2.330 até 184 a.C.)

Sua representação é a Fênix, ave mitológica que renasce das cinzas, melhor do que antes. É o renascimento e o despertar através do fogo, elemento purificador do espírito. Foi a época dos grandes faraós e reis e de guerras.

O sol (símbolo máximo do fogo) será cultuado por várias religiões.

Moisés seria o avatar da Era de Áries que, ao final da era de Touro, quebra um bezerro de ouro simbolizando o início de uma nova era. 

 

Era de Peixes (184 a.C. até 1962 d.C.) 

A era de Peixes é marcada pelo nascimento de Yeshua (salvador), o seu avatar, mais conhecido como Jesus. Jesus traz a revelação de um Deus diferente do deus vingativo, cruel e masculino da era anterior, Áries. Esse Deus é mais bondoso, compreensivo e feminino. Jesus é o limite entre as duas eras (Áries/Peixes), seus símbolos são o cordeiro e o peixe. Ele redime todos os antepassados da era de Áries, preparando-os para uma nova era, a de Peixes.

 

Era de Aquarius (1962 até 4.108 d.C.)

É a busca pelo total, pelo coletivo, em contrapartida ao individualismo de Peixes.

A busca pela liberdade global e pessoal será determinante na nova sociedade aquariana e a anulação de velhos conceitos da era de Peixes, o ter torna-se mais importante que o ser.

Para os esotéricos, Maitreya será o nome do avatar da era de Aquários, o Cristo Cósmico, que seria o novo Buda, o novo iluminado, o novo Krishna.

 

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