
Hitler era cristão?
Diante de regimes ateus (comunistas) e dos seus legados macabros, os ateístas buscam, de toda forma, também não serem associados as atrocidades promovidas pelo regime socialista do Nazismo (Nacional Socialista) e assim propagam incessantemente que o líder maior do Nazismo, Hitler, era um cristão católico. O principal argumento é que ele teria nascido católico e que não há nenhum registro de que ele tenha abandonado a fé oficialmente. Também se utilizam de imagens do Fuhrer saindo de igrejas católicas ou mesmo padres reverenciando os gentes do III Reich e da SS.
Hitler cumprimenta dignitários católicos na Alemanha na década de 1930. Notem que os religiosos
não fazem o sinal de reverência com a mão esquerda levantada.
O nome disto que os ateus estão fazendo é argumentum ad Hitlerum ou argumento a Hitler (ou aos nazistas) e foi criado pelo filosofo americano Leo Strauss, com o intuito de associar a Hitler ou ao nazismo para tentar ridicularizá-lo ou atribuir-lhe um lado maligno ao interlocutor.
Hitler e sua vida “religiosa”:
Adolf Hitler nasceu em um lar católico, contudo, logo cedo, aproximadamente aos 10 anos, deixou o catolicismo para se dedicar ao Movimento Cristão Alemão (Deutsche Christen), que apesar do nome, não era um movimento da Igrja Católica, mas sim da igreja protestante alemã. O Movimento Cristão Alemão era racista e principalmente antissemita e se orientava nos princípios da ideologia nazista. Tinha como base o cristianismo positivo e suscetível ao neo-paganismo sob a liderança de Ludwig Müller.
Hitler estava também disposto a se juntar aos muçulmanos para exterminar os Judeus
da face da terra.Na foto com Mohammad Amin al-Husayni, o grande mufti de Jerusalém.
Hitler frequentou a escola do mosteiro beneditino durante um ano quando criança (1897-1898), recebeu o Crisma em 22 de maio de 1904, e também cantou no coro do mosteiro. Segundo o historiador Michael Rissmann, o jovem Hitler foi influenciado na escola pelo Pan-germanismo, e começou a rejeitar a Igreja Católica, recebendo a Crisma de muito contragosto.
O cristianismo positivo, também conhecido como cristianismo nazista, (Positives Christentum) foi adotado pelos líderes nazistas para substituir o verdadeiro cristianismo afim de se instituir a Igreja Nacional do Reich.
A "cruz solar", adotada como símbolo pelo Movimento da Fé Germânica
por lembrar tanto uma cruz quanto uma suástica.
Os seguidores do Cristianismo positivo pretendiam substituir os aspectos passivos da vida de Jesus (sacrifício na cruz e a redenção sobrenatural) por seus atos “revolucionários” como uma suposta luta contra as desigualdades sociais, a opressão do Estado ou a oposição ao Judaísmo (como assim fazem os adeptos da socialista Teologia da Libertação, infiltrada ainda hoje na Igreja Católica).
Mãe Maria com o Santo Menino Jesus Cristo (1913), pintura a óleo sobre tela feita por Hitler.
O IIIº Reich remodelou Jesus Cristo em um ariano, e o Cristianismo, como uma religião bélica que tinha no judeu e no judaísmo o seu principal inimigo. Essa realidade foi exposta no livro “O Jesus Ariano” de Susannah Heschel.
Fivela de uniforme militar nazista com o termo "Gott mit uns" ("Deus está conosco") gravado nela.
Heinrich Heim, Henry Picker e Martin Bormann, no livro "Conversas de Hitler à Mesa" (Hitler’s Table Talk) afirmam que amigos próximos de Hitler disseram que ele tinha uma percepção muito negativa a respeito do cristianismo.
Declarações no livro "Conversas de Hitler à Mesa”:
“O golpe mais pesado que já atingiu a humanidade foi a vinda do cristianismo. O bolchevismo é filho ilegítimo do Cristianismo. Ambos são invenções dos judeus.” (p. 13).
“O cristianismo é uma rebelião contra a lei natural, um protesto contra a natureza. Em sua lógica extrema, o cristianismo significa o cultivo sistemático da falha humana.” (p. 57).
“A melhor coisa é deixar o cristianismo morrer de forma natural. Uma morte lenta tem algo de reconfortante. O dogma do cristianismo se desgasta perante os avanços da ciência. A religião terá de fazer mais e mais concessões. Gradualmente, os mitos desmoronarão.” (p. 65).
Para Hitler os valores cristãos de igualdade e compaixão eram identificados como atos de fraqueza. Os principais conselheiros de Hitler, como Goebbels, Himmler, Heydrich e Bormann eram ateus, místicos paganistas e esotéricos que odiavam a religião e buscavam erradicar sua influência da Alemanha.
Os nazistas pararam de celebrar o Natal e induziam aos seus jovens, participantes obrigatórios da “Juventude de Hitler”, a recitarem uma oração em agradecimento ao Fuhrer, ao invés de Deus. Retiraram a bíblia das escolas substituindo-a pelo Mein Keimpf, Muitos clérigos foram assassinados e os considerados menos “problemáticos” eram impedidos de pregarem, centenas deles foram aprisionados. Confiscaram propriedades da igreja, censuraram jornais religiosos, a Gestapo vigiava constantemente as igrejas e fecharam escolas religiosas.
Já Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda na Alemanha Nazista, afirmou que Hitler “odeia o Cristianismo, porque aleijou tudo o que é nobre na humanidade” (“The Goebbels Diaries“). Além disso, neste ponto, uma proporção significativa de historiadores acredita que a intenção de Hitler era, na verdade, erradicar o cristianismo.
O historiador Alan Bullock, vastamente conhecido por sua biografia sobre Hitler, disse:
“Uma vez que a guerra terminou, [Hitler] prometeu a si mesmo que erradicaria e destruiria a influência das igrejas cristãs, mas até então ele seria circunspecto.”
Shirer também acrescenta que:
“sob a liderança de Rosenberg, Bormann e Himmler, apoiados por Hitler, o regime nazista pretendia destruir o Cristianismo na Alemanha, se pudesse, e substituir o antigo paganismo dos primeiros deuses germânicos tribais e o novo paganismo dos extremistas nazistas. No entanto, ao contrário da União Soviética, o regime de Hitler não defendeu publicamente o ateísmo do Estado, mas buscou reduzir a influência do Cristianismo na sociedade. Hitler provavelmente também não era ateu, pois ele falou de sua crença em um “criador todo-poderoso”.
Para os discursos de cunho cristão, proferidos por Hitler, Laurence Rees escreveu:
“A explicação mais persuasiva dessas afirmações é que Hitler, como político, simplesmente reconheceu a realidade prática do mundo em que habitou… Se Hitler se distanciasse demais do Cristianismo, é quase impossível ver como ele poderia ter sido bem-sucedido em uma eleição direta”.
Hitler frequentemente em seus discursos políticos expressava apoio à religião que professava e afirmava se opor ao ateísmo. Em 1933 baniu um grupo anti-cristão materialista.
Apesar do pensamento religioso de Hitler ter origem em uma vertente protestante, muitas organizações ou denominações protestantes eram fortemente contra o Nazismo, principalmente depois que a natureza do movimento foi compreendida.
O Reverendo Martin Niemöller, que foi preso em 1937, foi acusado de "Mal uso do púlpito para vilanizar o Estado e o Partido, além de atacar a autoridade do governo."
Exceto os metodistas todas as igrejas protestantes da Alemanha na época sofreram algum grau de interferência estatal e perseguição aos seus pastores.
Os lideres alemães usuram durante as duas grandes guerras textos de Martinho Lutero para sustentar o nacionalismo proposto pelo Nazismo. Em 1933 ocorreram grandes festejos no partido Nazista pelo 450º aniversário de Lutero. Em Königsberg, Erich koch (Gauleiter alemão do Partido Nazista (NSDAP)) fez um discurso onde comparava Hitler a Martinho Lutero. No entanto o teólogo protestante Karl Barth afirmou que os escritos de Martinho Lutero foram usados como propaganda do Estado nazista para iludir os alemãs de fé cristã protestante. O pastor Wilhelm Rehm de Reutlingen declarou publicamente que “Hitler não seria possível sem Martinho Lutero” numa referência ao uso dos seus textos para arrebanhar simpatizantes protestantes para o Nazismo.
Em seu livro Mein Kampf (minha luta) muitas são as frases que fazem referências a uma suposta fé ou crença em Deus por parte do Hitler, como por exemplo:
“Ao me defender dos Judeus, defendo o trabalho do Senhor”.
Ou
"E, assim, eu creio, como sempre, que o meu comportamento está de acordo com a vontade do Onipotente Criador. Enquanto me mantiver de pé, serei contra o Judeu, defendendo a obra do Senhor."
Sobre o cristianismo e a religião, em Mein Kampf, Hitler disse:
“Sabemos não se pode servir a dois senhores, sendo que eu considero a fundação ou destruição de uma religião muito mais importante do que a fundação ou destruição de um Estado, quanto mais de um partido. Uma doutrina universal é sempre intolerante e não se contenta em representar o papel de um partido ao lado dos outros; ela exige imperiosamente o reconhecimento exclusivo e total das suas concepções, as quais devem transformar toda a vida pública. Por esse motivo, não pode tolerar que exista qualquer vestígio do anterior regime, o mesmo acontece com as religiões.”
“O golpe mais pesado que já atingiu a humanidade foi a vinda do Cristianismo. O bolchevismo é filho ilegítimo do Cristianismo. Ambos são invenções dos judeus.”
“A religião de Moisés nada mais é que uma doutrina para a conservação da raça judaica.”
“Cada um pode hoje, com tristeza, observar que, no tempo antigo, de muito mais liberdade, o primeiro terror espiritual se verificou por ocasião do aparecimento do cristianismo. Não se contestará, porém, o fato de que o mundo, desde aquele tempo, foi torturado e dominado por essa intolerância e que somente se vence um terror com outro terror. Existem hoje e já existiram em todos os tempos estudos bastante aprofundados acerca do valor ético do ensino da doutrina judaica, espécie de religião que, aos olhos arianos, parece, por assim dizer, escabrosa."
“...Com essa missão, o Estado, pela primeira vez, assume a sua verdadeira finalidade. Em vez do palavreado ridículo, sobre a segurança da paz e da ordem, por meios pacíficos, a missão da conservação e do progresso de uma raça superior escolhida por Deus é uma finalidade que deve ser vista como a mais elevada. Mesmo a nossa Igreja, que fala sempre no homem como criado à Imagem de Deus, peca contra esse principio, ao cuidar simplesmente da alma, enquanto deixa que o homem desça à posição de degradado proletário. A gente fica transido de vergonha ao ver a atuação da fé cristã, no nosso próprio país, em relação à Impiedade desses indivíduos faltos de espírito e degradados de corpo, enquanto se procura levar a bênção da Igreja a cafres (negro) e hotentotes (etinia africana)...”
Segundo o historiador Allan Bullock, Hitler desde menino “não tinha tempo algum para os ensinos do Catolicismo, considerando-o como religião adequada somente para os escravos e detestando sua ética”.
No entanto, em discursos públicos, Adolf Hitler se utilizava de palavras elogiosas a cultura cristã alemã, mas, não escondia a crença no Cristo ariano. Antes de sua ascensão ao poder Hitler discursou perante uma multidão em Munique e disse:
"Meus sentimentos, como Cristão, mostram-me meu Deus e Salvador como um lutador... Como Cristão ... eu tenho o dever de ser um guerreiro pela justiça e verdade."
Assim escrevia Adolf Hitler em 1924, na sua autobiografia, o Mein Kampf.
"E, assim, eu creio, como sempre, que o meu comportamento está de acordo com a vontade do Onipotente Criador. Enquanto me mantiver de pé, serei contra o Judeu, defendendo a obra do Senhor."
No entanto o próprio Hitler no seu Mein Kampf afirmou que todas essas declarações, ditas em público, não passavam de artimanhas políticas e marketing para iludir as massas.
Para justificar suas ideologias assassinas os nazistas usavam durante anos o nome de Deus e os elementos da fé cristã. No seu livro Mein Kampf, o termo “Senhor” é mencionado 05 vezes e Deus, 20. Nesse manifesto do sistema político ideológico nacional-socialismo, Hitler procura defender a sua visão de uma espécie de ecumenismo de Estado:
"para o futuro do mundo, não importa que os católicos vençam os protestantes, ou os protestantes, os católicos […]. Quem tem sentimentos nacionais tem o dever sagrado, cada um segundo o seu próprio credo, de fazer com que não se fale apenas da vontade de Deus, mas que ela seja colocada em prática e não se deixe profanar a obra de Deus",
Mas também chegou a se dirigir, "em fervorosa oração”: “Deus onipotente, abençoe um dia as nossas armas; seja justo como sempre foste; julga agora se merecemos a liberdade; Senhor, abençoe a nossa luta!".
Hitler saindo de uma igreja católica.
"Este é o inimigo", o nazismo apunhalando a Bíblia. Propaganda estadunidense da II Guerra Mundial,
associando o nazismo ao anticristianismo.
Bandeira do Movimento Cristão Alemão.
Declaração de renúncia à fé que as Testemunhas de Jeová eram obrigadas a assinar para ganharem a liberdade.
Já em relação a Igreja Católica o partido Nazista variava da tolerância à agressão.
O termo alemão Kulturkampf que significa "luta pela cultura" se refere as lutas de poder entre regimes e a Igreja Católica. No antigo regime (ancien regime) os Estados eram confessionais, a religião governava a vida privada e pública, e a Igreja Católica estava intimamente associada a governos reacionários e ao conservadorismo ideológico. Desta forma o sentido do Kulturkampf é uma luta de vários países como a Suíça, a Holanda, a Grã-Bretanha, a Itália fascista e a Alemanha Nazista contra o ancien régime, uma luta contra a igreja.
Antes de Hitler subir ao poder, muitos padres e líderes católicos se opunham ferozmente ao Nazismo, pois haviam incompatibilidades gritantes com a moralidade cristã.
Depois que Hitler subiu ao poder, até os anos de 1936 a igreja católica tinha esperanças de uma inclinação cristã para os aspectos benéficos do Nacional Socialismo.
Mas já em 1937 o Papa Pio XI ordenou a Encíclica Mit brennender Sorge, que condenava a ideologia nazista, principalmente nos pontos do Gleichschaltung (nazificação do Estado e da Sociedade"), politicas direcionada contra a influência religiosa nazi na educação, assim como o racismo e o antissemitismo Nazista. A encíclica de Pio XI Humani Generis Unitas nunca foi publicada, pois ele morreu antes de ordená-la, mas a encíclica Summi Pontificatus, similar à original, foi a primeira divulgada pelo seu sucessor, Pio XII, em outubro de 1939. A encíclica condenava fortemente tanto o racismo como o totalitarismo, sem estar presente o antijudaísmo na Humani Generis Unitas.
Muitos padres alemães foram enviados para campos de concentração, devido a sua oposição, incluindo o padre da Catedral Católica de Berlin, Bernhard Lichtenberg e o seminarista Karl Leisner.
Em 1937, logo antes da publicação da encíclica antinazista, Eugenio Cardinal Pacelli em Lourdes, França condenou a discriminação contra Judeus e o neopaganismo do regime Nazista. Uma afirmação feita por Pio XI em 8 de setembro de 1938, dizia sobre a inadmissibilidade do antissemitismo, mas Pio XI, é criticado por pessoas como John Cornwell, por não ser específico.
O cléro Católico Romano da Holanda condenava, oficialmente e formalmente o Nazismo em 1941 e por isso sofreu violência e deportações de padres, além de ataques a monastérios e hospitais católicos e a deportação de milhares de judeus para Auschwitz. Da mesma forma, a Igreja Católica Romana da Polônia foi violentamente atacada pelos Nazistas e viu milhares de clérigos enviados para campos de concentração, ou simplesmente mortos, um exemplo famoso disso, é o padre Maksymilian Kolbe. A maior parte do Clero de outras nações tomava uma posição mista, oscilando entre colaboração e ativa restrição.
Muitos livros trataram o assunto de forma imparcial e expuseram a verdadeira posição da Igreja em relação aos regimes esquerdistas totalitários, principalmente o Nazismo:
William Shirer, jornalista e escritor norte-americano escreveu em "A Ascensão e Queda do Terceiro Reich":
"sob a liderança de Rosenberg, Bormann e Himmler, apoiados por Hitler, o regime nazista pretendia destruir o cristianismo na Alemanha, e se possível, substituir o antigo paganismo dos deuses germânicos tribais do passado pelo novo paganismo do extremistas nazistas".
Na sinopse do livro The Swastika against the Cross (A Suástica contra a Cruz) do escritor Bruce Walker, está escrito:
"Os nazistas planejaram a eliminação do cristianismo. Uma vez que, isso era de conhecimento de todos e vários escritores reconheceram este fato crucial enquanto os nazistas estavam no poder. Hoje, em um clima político e social encharcado com medo e ódio ao Cristianismo, a guerra nazista sobre o cristianismo e oposição cristã ao nazismo é história "politicamente incorreta". Mas as palavras escritas em livros antigos não podem ser reescritas para se adequar à calúnia contemporânea que é feita ao cristianismo. O registro de mais de quarenta livros publicados enquanto Hitler estava no poder, tem clara e forte conclusão: a suástica estava em guerra contra a Cruz".
.
Em seu livro "The Nazi Persecution of the Churches", J. S. Conway descreve, baseado em documentos oficiais dos arquivos nazistas, a sofrida história da Igreja na Alemanha Nazista.
A hostilidade contra a Igreja Católica era revelada escancaradamente por alguns membros da hierarquia nazista, como Bormann e Himmler, que sentiam que a perseguição absoluta era a melhor maneira de lidar com aqueles que se recusassem a aceitar "o novo modelo do Estado". As medidas tomadas contra a igreja católica foi descriminada assim:
-
Prisões de clérigos e reclusão em campos de concentração;
-
Assassinatos de opositores religiosos do regime;
-
Agressões físicas sobre clérigos ignoradas pela polícia;
-
Organizações e associações acadêmicos, juvenis, trabalhadoras, profissionais, feministas, esportivas religiosas e sociais proibidas;
-
Apreensão de bens da igreja, incluindo orfanatos , hospitais , conventos e escolas (com insígnias religiosas removido e professores demitidos);
-
Demissão de funcionários públicos católicos;
-
Publicações da igreja censuradas ou proibidas;
-
Reuniões religiosas diretamente atacadas pela SA;
-
Proibição de reuniões públicas sem aprovação governo;
-
Dissolução dos partidos políticos religiosos;
-
Ataques a igreja e ao cristianismo na imprensa;
-
Tentativas de forçar todas as igrejas alemãs a serem controladas pelo Estado;
-
Restrição de construção de edifícios religiosos;
-
Vigilância dos serviços dos líderes de igrejas;
-
Ataques públicos sobre a igreja por líderes nazistas , incluindo Goebbels e Goering
proibição de críticas ao nacional-socialismo; -
Proibição de criação de novos grupos religiosos;
-
Funcionários públicos obrigados a retirar seus filhos das organizações religiosas juvenis sob a pena de perda de emprego;
-
Total submissão da Igreja ao Estado em todos os aspectos;
-
A "separação de igreja e estado" significa que as igrejas foram impedidas de se manifestar sobre assuntos políticos;
-
Professores do ensino médio proibidos de serem ativistas em grupos de jovens religiosos;
-
Clérigos , incluindo monges e monjas , presos e julgados por acusações forjadas;
-
Orações proibidas nas assembleias escolares;
-
Remoção de crucifixos e pinturas religiosas das escolas.
Apoiando Hitler: consentimento e coerção na Alemanha Nazista:
Robert Gellately revela em seu livro “Apoiando Hitler” que o Nazismo teve o apoio popular alemão devido a vários motivos: Assistencialismo econômico que o Estado oferecia aos cidadãos; o forte combate ao crime, à prostituição e degeneração moral do povo; fortalecimento da economia e geração de empregos etc. Além disso, o Hitler era um político eficiente na área econômica e os bons resultados na economia também o fizeram um líder carismático e popular. Isso facilitou a introdução do antissemitismo no meio dos alemães que passaram a acreditar que os judeus representavam uma grande ameaça ao novo regime. As técnicas de propagandas foram intensas também nesse sentido favorecendo a aceitação da perseguição aos judeus.
"Hitler também buscou se aproximar de oponentes, como os católicos, assinando um tratado com o Vaticano em 08 de Julho de 1933. Até então os eleitores católicos mantinham-se leais ao seu Partido do Centro, sendo os principais responsáveis pelo fato de os nazistas não conseguirem maioria eleitoral. Os católicos em pouco tempo se ajustaram à ditadura. Os protestantes, contudo, desde o início foram mais simpáticos ao Nazismo. Nas eleições religiosas de 1933, dois terços dos eleitores apoiaram a seita cristã alemã que desejava integrar Nazismo e Cristianismo e expulsar os judeus que haviam se convertido ao protestantismo. Hitler fez um curto apelo no rádio aos protestantes na véspera dessas eleições religiosas e pediu-lhes que mostrassem seu apoio às políticas nazistas. Ele não teve como ficar decepcionado pelos resultados pró-nazistas" (Pág. 41).
Em seu livro, Gellately faz uma revelação sobre quem seriam os inimigos do Hitler e do III Reich:
"Outra parte do evento (Congresso) em Nuremberg, frequentemente negligenciada, aconteceu em 11 de Setembro,quando Hitler proclamou o que chamou de "uma luta contra inimigos internos da nação". Esses "inimigos" eram vagamente definidos como o "marxismo judaico e a democracia parlamentar a ele associado"; "o moral e politicamente depravado Partido do Centro Católico"; e "certos elementos de uma burguesia burra, reacionária e incapaz de aprender". A proclamação não informou quais passos seriam dados, mas soou como o princípio de uma guerra social." (Pág. 76-77)
"Precisamente nessa época [1936], o Conselho da Igreja Evangélica Alemã escreveu a Hitler para manifestar reservas a respeito da nova Alemanha. O Conselho expressou preocupação com o quanto o país estava se distanciando do Cristianismo, e os membros também mencionaram que estavam com a consciência pesada pela prolongada existência dos campos de concentração [que os nazistas afirmavam ser apenas prisões temporários para inimigos políticos do Estado] e da Gestapo. Infelizmente, nada resultou desse protesto brando". (Pág. 102)
As Encíclicas papais:
Nem o Nazismo nem o Fascismo tiveram apoio oficial da Igreja Católica, apesar de no início ter ocorrido certa adesão devido ao discurso patriota e desenvolvimentista em prol da Alemanha devastada pela 1ª guerra.
As encíclicas papais de Pio XI comprovam isso:
Non Abbiamo Bisogno (em português: Nós Não Precisamos)
Promulgada em 29 de junho de 1931, na qual condena o Fascismo italiano. A encíclica possuía uma postura fortemente antifascista e como retaliação à sua publicação, o ditador fascista Benito Mussolini ordenou que fossem dissolvidas as associações católicas de jovens na Itália.
Mit brennender Sorge (em português: Com Profunda Preocupação)
Escrita em 14 de Março de 1937, condenou o nazismo alemão e sua ideologia racista. A reação do ditador nazista Adolf Hitler também foi violenta e recrudesceu fortemente a perseguição de católicos na Alemanha incluindo fechamento de igrejas e prisões de padres e fiéis.
Prestem bastante atenção agora:
- Hitler ascendeu ao poder em 1933 através de um decreto que o transformava de chanceler a Fuhrer;
- em 1937 (4 anos depois) o Papa Pio XI publica sua encíclica condenando o Nacional-Socialismo alemão.
Apesar da Igreja Católica manifestar-se contrário aos regimes ditatoriais da Esquerda, o Nazista, o Fascista e o Comunismo, ocorreram alguns casos isolados de clérigos que em clara desobediência à hierarquia eclesiástica se colocaram em apoiou ao regime nazista.
Religiosos católicos são saudados pelos soldados Nazi e faz o sinal
de reverência ao regime nazista ou seria apenas uma benção?
A fraude sobre a omissão de Pio XII:
Esse tema já foi tratado por nós aqui. Então vamos apenas pincelar esse assunto neste momento.
A alegação de que o papa Pio XII foi omisso em relação as atrocidade que acometeram os judeus pelas mãos dos nazistas. Essa percepção provavelmente surgiu muito por influência do conteúdo do livro "O Papa de Hitler" do autor John Cornwell. Porém o próprio autor desmentiu isso em sua obra:
“Cardeal Theodor Innitzer (...) , esse príncipe da Igreja levou sua ousadia a ponto de receber Hitler calorosamente em Viena. Pacelli (o Papa), ficou indignado com este ato de adesão local. Pacelli divulgou um aviso no L’Osservatore Romano declarando que a recepção a Hitler, oferecida pela hierarquia austríaca não tinha endosso da Santa Sé.” (pg. 222)
“A 03 de março, o Berliner Morgenpost declarou “a eleição de Pacelli não é aceita favoravelmente na Alemanha, já que ele sempre foi hostil ao nacional-socialismo” (pg. 239).
“Pacelli não sentia a menor atração por fascistas ou nazistas, e apelidara Hitler de “Atila motorizado”. (pg. 252).
Já nos Livros "Os Judeus do Papa" de Gordon Thomas e "Pio XII: o Papa dos Judeus" de Andrea Tornielli é revelado de forma inequívoca que o Papa Pio XII articulou e pôs em prática um grande plano para salva milhares de judeus em sigilo. Padres e feiras disponibilizaram mosteiros e conventos para servirem de abrigos aos judeus e também doaram ouro para financiar a fuga de vários judeus além de esconderem outros milhares em casas afastadas de propriedade do Vaticano, protegendo-os dos bombardeios nazistas. E o autor Peter Goldman explicou de forma magistral a tal “omissão” do Papa Pio XII em seu livro "O Vaticano e Hitler".
Em 1941, as autoridades nazistas decretaram a dissolução de todos os monastérios e abadias na Alemanha Nazista. Muitas foram efetivamente ocupadas pela SS, sob o comando de Himmler. Porém, em 30 de julho de 1941 a Aktion Klostersturm (Operação Monastério) foi desativada por Hitler, que temia o aumento dos protestos por parte dos alemães católicos, que poderia resultar em rebeliões passivas, assim afetando os esforços de guerra alemães.
Bento XVI no dia 15 de maio de 2009, despedindo-se da Terra Santa ao término da sua peregrinação, afirmou:
"Muitos judeus [...] foram brutalmente exterminados sob um regime sem Deus que propagava uma ideologia de antissemitismo e ódio. Esse assustador capítulo da história nunca deve ser esquecido ou negado".
Mas nada mais revelador a respeito de como o Hitler percebia a Igreja Católica do que as palavras ditas pelo próprio Hitler:
"a Igreja Católica não tem senão um desejo: a nossa ruína".
Outras religiões cristãs também foram perseguidas. Mais de 25.000 alemãs adeptos dos Testemunhas de Jeová foram perseguidos pelo regime nazista. Um triângulo roxo era a forma de identificá-los quando eram aprisionados. A Igreja Adventista do Sétimo Dia foi declarada ilegal e em 12 de Maio de 1936, foi dissolvida pela Gestapo.
Dos 2600 clérigos católicos presos em Dachau, 2000 perderam suas vidas.
o livro "La baraque des prêtres" (que poderíamos traduzir por "A barraca dos padres"), de Guillaume Zeller,
sobre a vida e a morte de 2720 padres religiosos e seminaristas no campo de concentração de
Dachau, perto de Munique, Alemanha, de 1938 a 1945.
Nazismo e o Darwinismo Social
O historiador Richard Evans afirma que Hitler afirmou repetidamente que o nazismo era uma ideologia secular fundada na ciência e a tais bases científicas vieram dos conceitos da Teoria da evolução de Charles Darwin.
Documentário Eugenia e Racismo : A Obscura História da Ciência Darwinista.
De acordo com o historiador Richard Weikart, tanto Hitler quanto Himmler eram admiradores de Darwin e frequentemente falavam do papel deles como promulgadores de uma “lei da natureza” que garantiria a “eliminação dos ineptos”. Ele também afirma que o próprio Hitler “construiu sua própria filosofia racista baseado em grande parte nas ideias do Darwinismo social” e conclui que embora o Darwinismo não seja uma explicação intelectual “suficiente” para o nazismo, é uma condição “necessária”. Sem o Darwinismo, talvez não houvesse nazismo.
Os nazistas também se inspiraram no filósofo Friedrich Nietzsche, adaptando a filosofia ateísta dele aos seus propósitos desumanos. A visão de Nietzsche do ubermensch [super-homem] e sua elevação a uma nova ética “além do bem e do mal” foram adotadas de forma ávida pelos propagandistas nazistas. A “sede pelo poder” de Nietzsche quase se tornou um slogan de recrutamento nazista.
Documentário da Discovery - A conspiração oculta nazista.
Hilter, o esotérico ocultista.
Em 1912 o barão Rudolf Von Sebottendorf (Adam Alfred Rudolf Glauer), após viajar para a Turquia, onde entrou em contato com os drusos (uma pequena comunidade que professa uma fé vertente do islamismo) fundou a Sociedade de Thule (derivado da ilha mística Thule), uma sociedade esotérica e ocultista que acreditava, assim como os drusos, receber seus ensinamentos espirituais do “Senhor do Mundo” o senhor de Thule ou Shambala (o governo oculto do mundo). Para Von Sebottendorf, a raça dos hiperbóreos (ariana) possuía um poder oculto: “quem o controlá-lo poderia dominar o mundo” - este poder seria o vril. Essa energia era alcançada através da meditação, orgias sexuais. Seus praticantes consideravam-se "seres superiores" capazes de feitos inimagináveis.
Apesar de nunca ter feito parte desta sociedade oficialmente, o Hitler entrou em contato com seus ensinamentos através do seu secretário, o tenente Rudolf Hess. A Thule e seus seguidores foram profundamente influenciados pela magia negra tibetana.
Hitler também teve contado com a ordem do Vril, ligada à Thule. Esta ordem é um grupo esotérico que continua vivo ainda hoje na Índia, seu país de origem, onde conta com mais de dois milhões de adeptos.
Símbolo da sociedade de Thule
Também existia uma ordem secreta conhecida como a Ordem do Sol Negro, uma organização tão temida de que agora é ilegal até mesmo imprimir seus símbolos e insígnias na Alemanha moderna. Os seguidores do vril veneravam o Sol elevando suas mãos em sua direção, numa saudação semelhante à feita pelos nazistas e pelos antigos egípcios no culto a Rá, o Deus Sol. Os templos deste culto estão decorados com grande variedade de cruzes gamadas.
O símbolo nazista para o Sol Negro (Schwarze Sonne).
Os membros da Sociedade VRIL acreditavam que os arianos de Aldebaran (extraterrestres) desembarcaram na Terra após vários cataclismos globais, depois que a Terra se tronou habitável, se estabeleceram na região da Mesopotâmia. Tornaram-se nobres governantes da sumérios e de várias outras sociedades primitivas, governando através de uma linhagem de elite e um sistema de castas segregadas; e o cruzamento Inter-racial (a mistura de sangue) era estritamente um tabu e proibido.
Maria Orsic, a bela e principal médium da Sociedade VRIL, quem entrava em contato
com os seres do sistema solar de Aldebaran, pelo meio do qual os nazistas receberam (supostamente)
notáveis conhecimentos e desenvolveram novas tecnologias.
Reprodução de estátuas dos deuses arianos brancos e de olhos
azuis encontradas em antigas culturas da Terra.
Hitler também tinha a astrologia e a geomancia (adivinhação através das figuras formadas por um punhado de terra que se atira ao acaso sobre o chão ou qualquer outra superfície) em alta conta, e as consultava antes de seus ataques.
Conclusão:
O nazismo foi cristão? Certamente não. Adorou um deus próprio? Talvez sim, talvez não, mas certamente não o Deus da Bíblia. O que se pode concluir a partir da análise de tudo que foi exposto até aqui é que de fato não havia um sentimento religioso cristão por parte de Hitler e muito menos por seus comandados. Porém, Hitler possuía uma concepção de religião estatal onde os princípios cristãos positivistas (uma distorção do cristianismo) junto a conceitos esotéricos, místicos ou até mesmo mágicos, estariam compondo uma “fé” estatal que serviria como força controladora das massas aliadas as ações de doutrinação nas escolas e em outras instituições, dos princípios políticos-ideológicos do nazismo.
É completamente errado afirmar que Hitler ou o Nazismo eram cristãos, da mesma forma também o é dizer que eram ateus. Mas é plenamente correto dizer que o que Hitler e o Nazismo pretendiam era instaurar uma seita com elementos distorcidos do cristianismo, com elementos de seitas esotéricas e pitadas de culto a personalidade (ele seria o novo deus de uma nova religião) além é claro dos princípios de fé da ideologia racista e antissemita do nazismo.















